O Decano da USC também é membro do Coro da Universidade Sénior Contemporânea.
Leia o texto de Porfírio Mendes da Silva sobre a participação do Coro da USC no programa "Contacto", da SIC.
Um passeio alegre
Depois, aberta uma caixinha azul pôs, com a pontinha do indicador direito, uma pitadinha leitosa em cada face.
Lenta e suavemente massajou as faces.
Depois da base, com um pompom, aplicou o rouge e rematou, colorindo ligeiramente cada pálpebra de azul pálido.
Languidamente e de olhos semicerrados, remirou-se; e esfregando os rubros lábios, sorriu.
Estava bela.
O convite da estação de televisão SIC, para a deslocação do grupo coral da USC a Lisboa para uma exibição, ao vivo, na tarde de 2 de Maio, já era de todos nós conhecido desde a primeira semana de Abril.
Depois, por razões operacionais, a data para a apresentação, em directo, foi alterada para o dia 9.
Assim, neste dia, num repleto autocarro de 25 lugares, lá fomos nós.
Em alegre galhofeira, mais parecíamos um grupo de adolescentes a caminho de uma visita ao jardim zoológico.
Para além dos 22 membros do grupo coral, que incluía a maestrina, seguiram connosco a doutora Marta e o seu marido, o professor Artur, responsáveis máximos da USC.
O companheiro Afonso Tomé, acompanhava-nos como responsável pela captação de imagens fotográficas.
Foi uma festa.
Recitou-se, cantou-se, contaram-se anedotas e algumas, com mais nervo, até tentaram um pezinho de dança no exíguo corredor do autocarro.
Alguns, muito poucos, preferiram cerrar os olhos e deixar a mente divagar.
Mais raro ainda, houve quem, para matar saudades, cochichasse com a companheira do lado.
Em plena festa rolante, as bexigas manifestaram-se e, em Pombal, todos se apressaram a descarregá-las, e só depois trataram de aconchegar os estômagos para aguentar a longa pausa que se iria seguir.
É que o início da audição estava marcado para as 14 horas e já eram 11 e tal e ainda tínhamos 150 kls para percorrer.
Foram prudentes os que se alimentaram, pois os relógios já indicavam as 13 e 20, quando paramos em frente da “COMUNICASOM”.
Por isso, ali mesmo, em restaurantes vizinhos, todos comeram uma apressada bucha e, como obedientes alunos que todos nos esforçávamos por ser, quando o ponteiro menor dos relógios cavalgava as duas horas, já todo o grupo esperava junto à porta da produtora.
Mal sabíamos nós, neófitos nestas andanças, que teríamos de aguardar pelas 16 horas para que os “nossos ensaios” começassem.
Entretanto, instalações adequadas, foram postas à nossa disposição e os 25 membros foram-se alapando pelos lugares vagos nos sofás existentes no enorme corredor, que servia de “ serve-te a ti mesmo” e de sala de espera.
Alguns orfeonistas, cerca de meia dúzia, optaram por se instalarem no camarim dos artistas onde, sobre o balcão, atentas ajudantes haviam colocado bebidas e frutas.
Algumas senhoras, vivendo, quiçá, um raro e inesquecível momento, frente ao grande espelho, avivaram o rubro dos seus lábios e o rosa das suas faces.
Entretanto, ao longo do enorme corredor e frente aos nossos olhos, desfilaram algumas estrelas.
Para além da Rita Ferro e do careca Graciano, pudemos ver o brasileiro Aguinaldo Silva, estrelas de telenovelas brasileiras e outras figuras do nosso quotidiano televisivo, mas o ponto mais alto foi a aparição do multifacetado Castelo Branco, que mereceu de algumas das nossas companheiras e fugazes estrelas, pedidos de autógrafos.
E não deixou de acontecer o insólito quando uma empregada da produtora pretendeu e, calorosamente, conseguiu abraçar e beijar o Decano do grupo.
Mas, como quem espera sempre alcança, também chegou a nossa vez de surgir em cena.
Depois de dois breves ensaios, aconteceu a nossa exibição definitiva, com a
execução do “milho verde, milho verde” que recebeu dos espectadores presentes uma calorosa salva de palmas.
Após brevíssima pausa, seguiu-se o “ Ó coleocó” que mereceu nova e mais calorosa salva de palmas. Nós, rendidos pelo entusiasmo, pagamos as palmas com as nossas mais reverentes vénias
No remate da nossa exibição, surgiu junto de nós a apresentadora Rita Ferro, que solicitou a presença no tablado, do representante da USC, Professor Artur Santos que, emotivamente, referiu a acção interessante da Universidade Sénior Contemporânea, e da invejável qualidade dos seus alunos.
A Rita Ferro, solicitou depois a presença do representante dos alunos e foi a vez do Decano da USC dizer algumas palavras que mereceram também fortes aplausos dos apresentadores, dos directores de cena e de todos os numerosos mirones presentes.
Foi uma tarde inolvidável, e todos registamos com muito apreço a simpatia de todo o pessoal da SIC- COMUNICASOM, que velou para que nada – do possível – nos faltasse, incluindo uma singela, mas muito proveitosa, merenda para o caminho.
No momento da partida, como agradecimento final e plenos de entusiasmo, cantamos o “Jimba Jimba” para todos eles.
Cerca das 18,30 arrancamos em direcção ao Porto, com a indicação de que faríamos um ligeira paragem em Pombal, para desaguar, e para papar o lanche que nos fora oferecido, enquanto o condutor aproveitaria para reabastecer o depósito de combustível da viatura.
A festa da manhã foi retomada.
Porventura talvez devido ao êxito da nossa coral actuação, o entusiasmo no regresso, não foi menor do que pela manhã,
Antes pelo contrário.
A alguns de nós, pareceu-nos haver mais fôlego.
Achávamos até que isso acontecia, com pena da digressão estar a acabar…
Pouco passava das 22:30 quando parámos frente à USC.
E; saldados que foram os beijos e os abraços, aconteceu o regresso ao lar, depois da clássica despedida, “ até segunda feira”…
Foi um passeio alegre…
Porfírio Mendes da Silva
Maio/ 2008
Depois, por razões operacionais, a data para a apresentação, em directo, foi alterada para o dia 9.
Assim, neste dia, num repleto autocarro de 25 lugares, lá fomos nós.
Em alegre galhofeira, mais parecíamos um grupo de adolescentes a caminho de uma visita ao jardim zoológico.
Para além dos 22 membros do grupo coral, que incluía a maestrina, seguiram connosco a doutora Marta e o seu marido, o professor Artur, responsáveis máximos da USC.
O companheiro Afonso Tomé, acompanhava-nos como responsável pela captação de imagens fotográficas.
Foi uma festa.
Recitou-se, cantou-se, contaram-se anedotas e algumas, com mais nervo, até tentaram um pezinho de dança no exíguo corredor do autocarro.
Alguns, muito poucos, preferiram cerrar os olhos e deixar a mente divagar.
Mais raro ainda, houve quem, para matar saudades, cochichasse com a companheira do lado.
Em plena festa rolante, as bexigas manifestaram-se e, em Pombal, todos se apressaram a descarregá-las, e só depois trataram de aconchegar os estômagos para aguentar a longa pausa que se iria seguir.
É que o início da audição estava marcado para as 14 horas e já eram 11 e tal e ainda tínhamos 150 kls para percorrer.
Foram prudentes os que se alimentaram, pois os relógios já indicavam as 13 e 20, quando paramos em frente da “COMUNICASOM”.
Por isso, ali mesmo, em restaurantes vizinhos, todos comeram uma apressada bucha e, como obedientes alunos que todos nos esforçávamos por ser, quando o ponteiro menor dos relógios cavalgava as duas horas, já todo o grupo esperava junto à porta da produtora.
Entretanto, instalações adequadas, foram postas à nossa disposição e os 25 membros foram-se alapando pelos lugares vagos nos sofás existentes no enorme corredor, que servia de “ serve-te a ti mesmo” e de sala de espera.
Alguns orfeonistas, cerca de meia dúzia, optaram por se instalarem no camarim dos artistas onde, sobre o balcão, atentas ajudantes haviam colocado bebidas e frutas.
Algumas senhoras, vivendo, quiçá, um raro e inesquecível momento, frente ao grande espelho, avivaram o rubro dos seus lábios e o rosa das suas faces.
Para além da Rita Ferro e do careca Graciano, pudemos ver o brasileiro Aguinaldo Silva, estrelas de telenovelas brasileiras e outras figuras do nosso quotidiano televisivo, mas o ponto mais alto foi a aparição do multifacetado Castelo Branco, que mereceu de algumas das nossas companheiras e fugazes estrelas, pedidos de autógrafos.
E não deixou de acontecer o insólito quando uma empregada da produtora pretendeu e, calorosamente, conseguiu abraçar e beijar o Decano do grupo.
Depois de dois breves ensaios, aconteceu a nossa exibição definitiva, com a
execução do “milho verde, milho verde” que recebeu dos espectadores presentes uma calorosa salva de palmas.
Após brevíssima pausa, seguiu-se o “ Ó coleocó” que mereceu nova e mais calorosa salva de palmas. Nós, rendidos pelo entusiasmo, pagamos as palmas com as nossas mais reverentes vénias
No remate da nossa exibição, surgiu junto de nós a apresentadora Rita Ferro, que solicitou a presença no tablado, do representante da USC, Professor Artur Santos que, emotivamente, referiu a acção interessante da Universidade Sénior Contemporânea, e da invejável qualidade dos seus alunos.
Cerca das 18,30 arrancamos em direcção ao Porto, com a indicação de que faríamos um ligeira paragem em Pombal, para desaguar, e para papar o lanche que nos fora oferecido, enquanto o condutor aproveitaria para reabastecer o depósito de combustível da viatura.
A festa da manhã foi retomada.
Porventura talvez devido ao êxito da nossa coral actuação, o entusiasmo no regresso, não foi menor do que pela manhã,
Antes pelo contrário.
A alguns de nós, pareceu-nos haver mais fôlego.
Achávamos até que isso acontecia, com pena da digressão estar a acabar…
Pouco passava das 22:30 quando parámos frente à USC.
E; saldados que foram os beijos e os abraços, aconteceu o regresso ao lar, depois da clássica despedida, “ até segunda feira”…
Foi um passeio alegre…
Porfírio Mendes da Silva
Maio/ 2008
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