terça-feira, 1 de abril de 2008

DECANO DA USC ESCREVE SOBRE O PASSEIO "CRUZEIRO DAS SEIS PONTES"


Como já é subjaz reconhecido, o Sr. Porfírio Mendes da Silva, honorável Decano da Universidade Sénior Contemporânea, detém uma qualidade exímia no exercício da escrita. E desta vez construiu um texto em tudo sumarento e que relata o passeio desenvovido pela USC a 14 de Março de 2008 intitulado, tal como o texto que se segue, o "Cruzeiro das Seis Pontes". Para ler e Apreciar

Seis Pontes

A visita às seis pontes estava programada pela Direcção da Universidade Sénior Contemporânea desde meados de Fevereiro, e incluía uma visita às caves Calem, com prova de vinhos. Assim, a 14 de Março, foi a visita.

A partida aconteceu frente ao Muro dos Bacalhoeiros, com 24

seniores a bordo, incluindo os dois directores da Universidade, a Dr.ª Marta e o seu marido, o Prof. Artur.

O barco, que já estava ancorado voltado a nascente, arrancou seguindo em frente.

Passou sob a ponte D. Luís e logo a seguir pela ponte do Infante. Todo o grupo admirava a paisagem e trocava impressões sobre o casario dos Guindais e sobre as casas ilegalmente construídas na escarpa da Serra do Pilar, e que, de acordo com as ultimas noticias, teriam que ser desocupadas dentro de poucos dias, para serem demolidas.

Não tardou que ultrapassássemos a abandonada ponte D. Maria, sobre a qual se dizia estar em ruína evidente, já que dela saltavam, com desagradável frequência, alguns rebites!...

Todo o grupo voltou a lamentar o provável abandono da ponte, já que esteve previsto que ela iria funcionar como fazendo parte de um circuito citadino pedonal.

Será de lamentar, porque é uma imagem que já faz parte do visual arquitectónico da cidade. Ao passarmos sob a ponte Ferroviária S. João, não faltou quem recordasse o litígio entre a C.P. e o Eng.º projectista da ponte, no acto do início da sua utilização.

Logo a seguir e quando esperávamos alcançar a ponte do Freixo, eis que o elegante barco rabelo deu a volta, para nos fazer descer o rio até à ponte da Arrábida.

Então o circuito não abrangia as seis pontes?...

A desculpa, esfarrapada diga-se, que nos foi dada pelo agente de bordo, foi que isso faria ultrapassar os 50 minutos previstos para o circuito!...

Durante a descida, a caminho da ponte da Arrábida, todos pudemos admirar a soberba paisagem de ambas as margens, sobretudo do lado do Porto.

Registei o lamento de uma companheira quando, ao passarmos na zona de Monchique, apontava o abandonado casario, exclamando: Dá pena …Tanta casa abandonada!...

O barco não chegou a atingir a piscatória praia da Afurada.

Logo que ultrapassamos a ponte da Arrábida, curvou para iniciar o regresso, indo encostar depois do lado de Gaia, perto da ponte D. Luís, quase em frente das caves que iríamos visitar. As Calem.

Assim, depois de um Xixi quase geral, já nas excelentes instalações da Calem, a intérprete Ana, fez as honras da casa ao levar-nos a visitar a enorme adega, onde pudemos constatar a existência de mais de um milhão de litros de vinho do Porto, das mais ilustres castas, a envelhecer em enormes dornas, em tonéis, e em muitos outros cascos de madeira de carvalho.

O Prof. Artur, não deixou passar a oportunidade de exibir os seus conhecimentos “Porto -Vinícolas” ao referir, a meias com a intérprete Ana, a excelência dos subtis paladares dos melhores vinhos exibidos.

No fim da visita, fomos levados para a sala de provas onde pudemos degustar graciosamente, dois excelentes vinhos: Um branco e outro rubi, ambos com soberbo paladar e aroma…

Não posso deixar de registar um pormenor, durante a degustação.

Uma nossa companheira de viagem, convidada de uma aluna da nossa Universidade, ripa da sua prenhe sacola um pacote de bolachas de que toda a gente se serviu. A seguir, fez circular ao longo da enorme mesa à volta da qual nos sentávamos, um tuperware repleto de excelentes e caseiros bolinhos amanteigados que fizeram a delícia de muitos de nós.

Finalmente, embrulhadas em papel de alumínio, exibiu umas quantas sanduíches de triângulos de pão de forma que deixavam espreitar queijo ou fiambre…uma coisa do outro mundo…

Jamais a Calem poderia imaginar o requintado sabor que aquela “bucha” emprestou à excelente prova de vinhos que nos ofereceu!..

Era o fim do passeio. Toda a gente, desejando a melhor Páscoa, se despediu de toda a gente.

Apenas um grupinho de seis, incluindo a Dr.ª Marta e o Prof. Artur, enquanto seguíamos a pé, para a Ribeira, decidiu ir petiscar uma patanisca de “ muito pouco”bacalhau.


Depois, com o seu carro a abarrotar, o sempre gentil Professor, fez a distribuição ao domicílio.

O primeiro a ser “deixado”, fui eu.


Rio Tinto, 15 de Março de 200

Por Porfírio Mendes da Silva, Decano da USC

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